terça-feira, 4 de novembro de 2008
Iluminismo, zumbis e cadafalsos
Uma onda iluminista ameaça os reis de Angra, em alguns feudos vizinhos déspotas absolutistas já estão caindo. A luz da sensatez começa a projetar seus raios, os bidimensionais corações da monarquia local tremem, seus asseclas de porta de calabouço correm esbaforidos aconselhando que seja fortalecida a velha lei do silêncio, para isso exigem mais moedas. Bobos da côrte fazem de tudo para distrair a massa aborígene enquanto nas fogueiras da vaidosa inquisição, documentos são calcinados lançando na atmosfera uma fumaça menos negra que corrupta. E do ponto de vista do futuro, já sabendo no que vai dar, observamos os zumbis que brincam de poder. Ignoram eles que o poder é uma coisa que nunca esteve em suas mãos. O poder verdadeiro é conquistado por merecimento, é desenvolvido sobre uma base sólida que se mantém sem dificuldades, com economia de energia, e não essa maçaroca turva desenvolvida às custas de mazelas e subornos. A plataforma do falso poder é como um cadafalso sob os pés do futuro enforcado.
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