Percebemos que por aqui o divino mora só nas palavras, e que a crueldade é a monocultura vigente semeada todos os dias nas salas de aulas sem professores, nas belas praças de consumo de ópio e nos gabinetes corruptos da nobreza.
A cada semana, os periódicos do reino, contrastam elogios rasgados à dinastia e ao clero com as xilogravuras hemofílicas de cabeças decepadas e corpos imolados em vias públicas ou abandonados nos matagais da intolerância. A culpa destes crimes acaba sendo atribuída ao sobrenatural ou a guerras entre baderneiros que nada tem a ver com a realidade social do reino.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
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